Chris Marker

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A possibilidade de romper com relações estabelecidas e propor novas abordagens é uma das características dos trabalhos de Marker. Em “Chats Perchés” (também apresentado com o título em inglês “The case of the grinning cat”, 2004), que está na retrospectiva, por exemplo, o cineasta segue os rastros do grafiteiro Monsieur Chat pelas ruas de Paris, mas acaba por traçar um painel dos fatos políticos dos últimos anos.

O constante questionamento é o segredo de uma carreira de mais de 50 anos e com mais de 60 trabalhos feitos, entre cinema, vídeo e séries de TV, além da produção como fotógrafo, escritor e artista multimídia. Na entrevista ao “Liberation”, Marker disse: “eu continuo a me perguntar como as pessoas conseguem viver neste mundo”. A mostra traz 33 tentativas de responder a essa questão.

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Chris Marker, 86, um dos mais autorais cineastas franceses…

Por isso não pensa duas vezes, tanto em seus filmes, quanto nas fotos que faz, em estilhaçar o tempo e manter só a fração, uma das 25 num segundo cinematográfico, detentora dessa beleza ou desse horror.

… É nesse ponto que podemos compreender a escolha do termo “bricoleur” para o nome da mostra. A expressão francesa é associada à ideia de bricolagem, como o trabalho que resulta em uma colcha de retalhos. Pois essa é uma metáfora para “O fundo do ar é vermelho”, uma reunião de material de arquivos reorganizados para sugerir um sentido novo.

Essa construção de sentido é a proposta de Marker sobre uma determinada maneira de se compreender o que é história. Não se trata de um olhar isento, mas uma construção que leva em conta fatores como o tempo, a memória e o indivíduo. Assim, “Sem Sol” (“Sans Soleil”, 1982), que será exibido na mostra, é um bom exemplo das preocupações estéticas e éticas de Marker.

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A possibilidade de romper com relações estabelecidas e propor novas abordagens é uma das características dos trabalhos de Marker. Em “Chats Perchés” (também apresentado com o título em inglês “The case of the grinning cat”, 2004), que está na retrospectiva, por exemplo, o cineasta segue os rastros do grafiteiro Monsieur Chat pelas ruas de Paris, mas acaba por traçar um painel dos fatos políticos dos últimos anos.

O constante questionamento é o segredo de uma carreira de mais de 50 anos e com mais de 60 trabalhos feitos, entre cinema, vídeo e séries de TV, além da produção como fotógrafo, escritor e artista multimídia. Na entrevista ao “Liberation”, Marker disse: “eu continuo a me perguntar como as pessoas conseguem viver neste mundo”. A mostra traz 33 tentativas de responder a essa questão.

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